quinta-feira, 1 de dezembro de 2016

fldigi remoto + eficaz

Uma das maneiras de operar uma estação remota é usar o X11 com o ssh. Porem a largura de banda necessária não é a mais conveniente para o caso do fldigi, tornando este impossível de usar.

A maneira "normal" de usar o fldigi numa máquina remota será esta:
ssh -X xxx@remote
mas vamos de precisar de uns 50 Mb/s ou mais o que numa rede Wi-Fi fica impossível de usar. Uma maneira de melhorar é usar a compressão de dados assim:
ssh -XC xxx@remote
Isto reduz para menos de metade a largura de banda necessária, difícil de usar por wireless mas excelente numa ligação por cabo.
 Se tivermos uma máquina lenta ainda podemos melhorar desligando a cifra:
ssh -XC -c none xxx@remote
e ficamos livre do processamento de encriptação necessário, mas com o problema de ficar com o nosso tráfego visível.

segunda-feira, 10 de outubro de 2016

Alias úteis

Se usar Linux é bem provável que tenha de usar bash, ou a linha de comandos se preferir. este ambiente é altamente configurável e aqui tem algumas dicas para a estação de rádio. Assim alguns comandos aparentemente compridos podem ser reduzidos a por exemplo '590' na linha de comandos para obter um terminal de controlo do rádio com o rigctl. Os comandos desde que respeitem as regras do seu terminal podem ser o que quiser.
Em baixo um extrato do meu .bashrc

# iniciar o rigctl para o TS-590S em /dev/ttyUSB2
alias 590='rigctl -m 231 -r /dev/ttyUSB2'
# iniciar o terminal para fazer morse pelo teclado (existe um ficheiro .minirc.begali com a configuração alvo)
alias cwm='minicom begali'
# terminal de controlo do kx3
alias kx3='rigctl -m 229 -r /dev/ttyUSB0'
# inicia o deamon de controlo do TS-590S (conector de rede)
alias r590='rigctld -m 231 -r /dev/ttyUSB2'
# liga remota ao controlo do rádio
alias rem='rigctl -m 2 -r 192.168.1.24'
# inicia o daemon para o kx3
alias rkx3='rigctld -m 229 -r /dev/ttyUSB0'

A forma de carregar as modificações ao .bashrc é a seguinte 'souce .bashrc'

quinta-feira, 6 de outubro de 2016

Problemas com placas gráficas Intel

Devido à natureza do desenvolvimento do GNU/Linux por vezes não temos o melhor suporte para o nosso hardware. O pc que uso na minha estação é um Core 2 Duo com 4 GB de RAM e uma placa gráfica Intel (tentem fazer tudo o que fazem a correr o Windows numa máquina antiga como esta :D).
Ás vezes ficava com os menus completamente escuros ou mesmo janelas inteiras completamente pretas, um login-logout e assunto resolvido. Porem com o gqrx ou o fldigi a puxar pela gráfica este problema era mais frequente. Se sofre do mesmo mal o remédio é este:

Crie um ficheiro em /etc/X11/xorg.conf.d/20-intel.conf (é muito provável que não exista, é criar) com o seguinte:

Section "Device"
   Identifier  "Intel Graphics"
   Driver      "intel"
   Option      "AccelMethod"  "uxa"
EndSection
 
Se o problema persistir substitua "uxa" por "sna". Uma forma de verificar o sistema é assim:
 
cat /var/log/Xorg.0.log | grep -i uxa

[    28.820] (II) intel(0): SNA compiled: xserver-xorg-video-intel 2:2.21.15-2+b2
[    28.896] (**) intel(0): Option "AccelMethod" "sna"
[    29.116] (II) intel(0): SNA initialized with Alviso (gen3) backend

terça-feira, 4 de outubro de 2016

Banda dos 2 metros

Por causa da minha disponibilidade, a escolha de bandas que opero assenta quase sempre no HF. É com alguma pena que tenho "poucas horas de voo" nas ondas ainda mais curtas. Nas horas que estou no rádio os grandes eventos da ionosfera e atmosféricos no VHF já foram.
Depois de um update ao gqrx para a ultima versão fiquei com a possibilidade de ter um waterfall de algumas horas, uma boa oportunidade para monitorizar o que passa pela banda dos 2 metros que calha mesmo bem para DX Patrol Mk3 que consegue receber 2 MHz de espectro.
Infelizmente neste caso, e sem grande surpresa, o ruído é notório e em quantidade para desencorajar qualquer um.
O ambiente é rural, a antena usada é um J-Pole montado baixinho.
Ainda assim se pode ver o APRS e o TX de alguns repetidores no lado direito.

domingo, 25 de setembro de 2016

Áudio remoto no linux


Existem muitos softwares para capturar e distribuir áudio remoto para SO Microsoft, nomeadamente os dedicados a esta tarefa e outros mais genéricos que podem ser usados para o efeito como o Skype. No GNU/Linux o panorama é um pouco diferente, aparentemente não há soluções "chave na mão". Porem com alguma imaginação isto é muito fácil de obter: basta instalar o 'alsamixer' e 'libogg' 'libvorbis' 'vorbis-tools' e finalmente 'mplayer' no par servidor/cliente. Não se admire que alguns destes já façam parte da sua distribuição.
Assim para obter áudio remoto:

ssh user@192.168.1.25 'arecord -f cd -t wav -vv | oggenc - -r' | mplayer -

Assim tem o áudio da entrada de áudio "default" da sua máquina remota. Para setups mais complexos o programa 'arecord' permite a escolha da entrada, por ex: ...arecord -f cd -D hw:0,0... uma vista de olhos pela man page revela outras facilidades. Esta pode ser usada numa máquina remota com vários rádios ligados a várias placas. Rádios com o o TS-590 com placa de som interna podem ser usados com muita facilidade não precisando de adaptadores ou cabos especiais, apenas o cabo USB.


Para enviar áudio para o rádio remoto é assim:

arecord -f cd -t raw | oggenc - -r | ssh user@192.168.1.25 'mpalyer -'

Um "&" no fim de cada comando liberta a shell para receber outros comandos e temos uma ligação full-duplex para o nosso rádio remoto.

sábado, 28 de maio de 2016

segunda-feira, 4 de abril de 2016

Dia Nacional do SOTA.

Fiquei contente pela participação no "Dia Nacional do SOTA" no dia 2 de Abril, uma promoção quase espontânea. Nos últimos anos os eventos em portugal são esporádicos, mas é bom ver que as pessoas se mobilizam para partilhar o seu gosto.
SOTA CT/BL-018
 Uma activação de cerca de 2 horas de operação com 34 contactos realizados com 3W e a antena que se vê na imagem. Escutei muitas estações portuguesas mas a propagação não deu tréguas.

domingo, 28 de fevereiro de 2016

Alimentação de bancada com fonte ATX

Depois de um inventário descobri uma fonte de alimentação de um PC velho, um AMD Duron. Não havia muito para uma salvar, mas a fonte tinha bom aspecto.
Aproveitando a oferta da Spakfun eis tudo montado para alimentar as breadboards.
Pormenores aqui: https://www.sparkfun.com/products/12867
A Spakfun vende este kit com um conector ATX de 24 pinos, todavia e sem admirar, esta velha fonte é contemporânea com o final dos anos 90 do século passado e tem um conector de 20 pinos. Sem problema, ligando como mostra a imagem funciona perfeitamente.

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

Propagação no desktop do GNU/Linux

Existe um método muito interessante que funciona muito bem em http://ok2cqr.com/linuxsw/how-to/207-hf-propagation-on-your-linux-desktop descrito por um dos criadores do CQRLog. Porem é um pouco trabalhoso, eu costumo usar uma maneira menos complicada.
Instalar o w3m e o w3m-img, o w3m é muito provavel que já faça parte do sistema.

sudo apt-get install w3m w3m-img

Vai ser preciso o imageMagick, mas certamente já estará instalado.
Correr o seguinte comando:

w3m http://www.hamqsl.com/solar101vhfper.php

E o resultado é este:


Tem porem uma desvantagem, não actualiza automaticamente, mas serve para fazer uma consulta esporádica.

sábado, 13 de fevereiro de 2016

As minhas extensões do Gnome favoritas

Como já é perceptível sou um utilizador de Linux. Apesar de algum desentendimento com o Gnome ao principio acabou por se tornar o meu desktop favorito principalmente pelo seu aspecto e pela panóplia de extensões disponíveis.
O meu programa de Log que ficou com este aspecto.


Escolhi o "Dark Theme" e estou a usar a extensão "Pitch-Dark", acho que ficou com muito bom aspecto.
Outras extensões que uso e podem se obtidas a partir de https://extensions.gnome.org

Arduino Control
Sound Output Device Chooser
Pitch-Dark
caffeine
drop down terminal
frippery move clock
impatience
taskbar

Agora só falta esperar por algumas correcções no CQRLog para o poder usar a ultima versão no Debian jessie...

domingo, 10 de janeiro de 2016

Gqrx e Ultra Wide-band Coverage SDR Receiver DXpatrol Mk3 no Debian Jessie


Como utilizador de Linux sei que por vezes tenho de me sujeitar a alguns compromissos, um deles é o tempo que leva a compilar ou a perceber como algumas coisas tem de funcionar, o ilustre RTFM.
Depois de algumas experiências iniciais com o SDR da DX Patrol no MS Windows rapidamente percebi que o desafio não estava aqui, e tambem que os softwares não trabalham muito bem em máquina virtual ou então consomem muitos recursos.
Depois de instalar o driver do rtl-sdr no debian e algumas bibliotecas tudo começou a funcionar.

 
O gqrx não fica a dever nada aos seus semelhantes e até prima pela simplicidade.
Para começar o driver:

sudo apt-get install git
sudo apt-get install cmake
sudoapt-get install libusb-1.0-0.dev
sudo apt-get install build-essential

git clone git://git.osmocom.org/rtl-sdr.git
cd rtl-sdr/
mkdir build
cd build
cmake ../ -DINSTALL_UDEV_RULES=ON

No ubuntu 16 e na ultima distribuição do raspbian usar o seguinte:

cmake ../ -DINSTALL_UDEV_RULES=ON -DDETACH_KERNEL_DRIVER=ON

make
sudo make install
sudo ldconfig

Mais pormenores aqui: http://sdr.osmocom.org/trac/wiki/rtl-sdr

a instalação pode ser feita assim no debian sudo apt-get install gqrx-sdr

No ubuntu siga este processo descrito aqui: http://gqrx.dk/download/install-ubuntu

O resultado de consumo de recursos numa máquina antiga a correr Debian 8 e Gnome 3 com um core 2 duo e 4 GB de RAM é este:


Pode parecer muito, mas é com tudo no máximo.

Boas escutas.